Leitor aborda comentário de Weliton Lima sobre concessão da BR 163
Muito bem colocadas as palavras no comentário do
jornalista Weliton Lima, repercutido por esse blog que eu costumo acessão aqui
da capital amazonense para me inteirar sobre os acontecimentos da região onde
nasci, a respeito dessa questão da concessão da BR 163, que inicialmente só
está prevista vir até Miritituba, mas, que o pessoal de Santarém quer que vá
até lá.
Será ótimo se for, mas, por ser uma concessão que
vai ser tocada por um particular, não vai ser fácil acontecer, porque no
capitalismo o lucro tem que estar à frente de tudo, antes de tudo, mais que
tudo. É assim que funciona no mundo inteiro, e não vai ser nesse caso que será
diferente.
O governo vai agilizar o asfaltamento do trecho
Campo Verde – Rurópolis? Se houver vontade política, será que o governo terá
dinheiro em caixa para isso?
A demanda que por enquanto não é nem de longe parecida
com a que já existe hoje até Miritituba, vai interessar aos candidatos?
Existem muitas perguntas sem resposta.
Outra coisa que chama minha atenção é a
solidariedade dos prefeitos dos municípios que fazem parte dessa região, que se
apressaram em dizer que apoiam o pleito de Santarém.
Acho que eles estão certos, e de certa forma dão um
tapa de pelica nos santarenos, que só tem olhos para eles mesmos. Parece que os
outros municípios não existem, pois suas demandas nunca encontram eco nos
políticos santarenos, ou na comunidade em geral daquele município.
Lembram do Movimento Pela Criação do Estado do
Tapajós? Durante muitos anos ficou restrito ao território santareno, como se
somente lá fosse algum dia ser emancipado.
Seria muito bom se a gente tivesse a estrada toda
muito bem asfaltada até Santarém. Todos serão beneficiados no dia que isso
acontecer. Quiçá seja mais rápido do que vem sendo feito. Quem dera que pudesse
ser logo agora na esteira dessa concessão. Mas, que o episódio sirva para os
santarenos olharem com olhares diferentes para os seus irmãos, dos municípios
irmãos, que fazem parte de sua mesorregião. Aí, a partir do momento em que
entenderem que uma mão lava a outra, que a união faz a força, talvez a solidariedade
passe a ser uma prática comum, e não uma exceção, como é o caso presente.
Em tempo: Até o ano de 2004 eu viajava
constantemente para essa região de Itaituba e outros municípios próximos, o que
me fez conhecer bem a realidade de vocês.
Atayde Braz Mota de Oliveira
Monte-alegrense residente em Manaus
Nenhum comentário:
Postar um comentário