terça-feira, agosto 25, 2015

Testemunha diz que filho de Pitanguy tentou fugir apos acidente que terminou com a morte de uma pessoa

Segundo taxista, Ivo Pitanguy colocou o dedo em seu rosto e

perguntou se sabia com quem estava falando

RIO - Considerado testemunha-chave do acidente, o taxista G., de 33 anos, foi o primeiro a chegar à Rua Marquês de São Vicente, por volta das 23h30m, da última quinta-feira, e contou à polícia que encontrou Ivo Nascimento de Campos Pitanguy alterado e tentando ligar o carro. A delegada Monique Vidal, da 14ª DP (Leblon), baseou-se no depoimento do taxista para rever o indiciamento de homicídio culposo, quando não há intenção de matar, para doloso no atropelamento de José Fernando Ferreira da Silva.
— Eu estava ao telefone, chamando os bombeiros, quando ele ligou o carro. Abri a porta do carona e pedi que desligasse. Aí, ele veio, com o dedo em minha direção, “tu sabe quem eu sou?’’, “tu sabe quem eu sou?’’ (sic) — contou o taxista, que há dez anos trabalha na praça, afirmando que minutos depois chegaram bombeiros e policiais militares. — Ele só foi ver o ferido quando chegou os polícia (sic). Isso eu achei um absurdo.

Segundo ele, na hora do acidente, caía uma chuva fina. Ele relatou que o Mitsubishi Pajero de Ivo passara por ele em alta velocidade, pouco antes da colisão. O taxista afirmou ter desviado à direita para evitar que o Mitsubishi batesse em seu carro. Com a manobra, foi ultrapassado pelo veículo. Logo em seguida, G. ouviu o estrondo de uma batida. Ele contou que, mais à frente, chegou a passar pelo local, mas voltou ao ver que tinha uma pessoa ferida.

Apesar de ter se revoltado com o que viu, G. disse nesta segunda-feira ao GLOBO que teve receio de depor e que só anteontem resolveu ligar para a delegada.

— Espero que minha decisão não prejudique minha família. Mas não podia ficar calado. Desde aquela noite não durmo direito. A imagem daquele homem agonizando no chão não sai da minha cabeça. E ele (Ivo) mal olhou para o homem caído no chão, apenas reclamava do carro. Nunca vi nada assim. Como pode tanto desrespeito por uma vida — questionou o taxista.

Cinco agentes públicos — três bombeiros e dois policiais militares — afirmaram, na 14ª DP (Leblon), que o empresário estava alterado e com forte hálito etílico. (O Globo)

Nenhum comentário:

Postar um comentário