Após retirar Roberts— que é fundador da
empresa One World Labs, que atua identificando vulnerabilidade de sistemas de
tecnologia da informação e alertando companhias para que se protejam— da
aeronave, a United Airlines afirmou que confiava que os sistemas de voo não
poderiam ser acessados por meio das técnicas descritas.
Ao ser questionada sobre o motivo de ter
retirado o passageiro do voo se ele não representava riscos, a companhia aérea
afirmou que tomou a decisão “porque o Sr. Roberts fez comentários sobre ter
adulterado o equipamento de voo, o que é uma violação à política da companhia e
algo com o que os clientes e a tripulação não devem lidar.” A empresa afirmou
ainda que irá enviar uma carta ao passageiro para explicar os motivos pelo qual
foi proibido de voar.
Roberts já havia sido retirado de outro voo
por um motivo semelhante na semana anterior. Na ocasião, o pesquisador foi
interrogado pelo FBI durante quatro horas e teve seu computador apreendido. O
advogado da Electronic Frontier Foundation (EFF), organização que promove
campanhas por mais transparência online e que defende Roberts, afirmou que já
está tentando recuperar o equipamento. Antes de ser recorrentemente retirado de
voos, o pesquisador chegou a conceder entrevistas à imprensa sobre as vulnerabilidades
dos sistemas aéreos. A EFF criticou a decisão da United Airlines:
“ É decepcionante que a United se recuse a
permitir a permanência dele a bordo e nos esperamos que a companhia entenda que
pesquisadores de segurança de informática são aliados vitais e não uma ameaça”
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