quinta-feira, março 26, 2015

Coopilto jogou o avião deliberadamente para baixo, diz promotor de Marselha, França

MARSELHA - O promotor público de Marselha, Brice Robin, afirmou que a teoria mais plausível para o trancamento do piloto do voo da Germanwings fora da cabine foi a ação do copiloto. Segundo Robin, Andreas Lubitz estaria consciente, teria negado o acesso do capitão da aeronave ao cockpit e acelerado o avião para baixo. As vítimas morreram na hora da batida, e não no caminho, ele afirmou.

Robin não afirmou abertamente que acredita na teoria de suicídio, mas mostrou certeza de que o avião "foi jogado para baixo deliberadamente, para ser destruído". Ele também afirmou que não há indícios de outros envolvidos na suposta ação.



— A respiração do copiloto indicava que ele não aparentava ter um ataque cardíaco ou algo do tipo — sugeriu. — Os sons que emitia eram absolutamente normais. O copiloto estava há meses na companhia e era totalmente qualificado para pilotar a aeronave.
Antes de ficar trancado do lado de fora, os pilotos conversavam normalmente. O piloto estava tentando abrir a porta, segundo investigadores do acidente, e tentou arrombá-la após a ausência de uma resposta.

O avião fez uma breve subida antes de iniciar o processo de rápida descida, ressaltou Robin. Só é possível ouvir gritos no final do voo, logo antes da colisão, ele disse. Os passageiros não teriam reparado na perda de altitude por um bom tempo.

Perguntado sobre questões religiosas ou criminais envolvendo o copiloto, Robin afirmou que não havia menção a ele em qualquer lista de terrorismo. Não haveria quaisquer indícios que apontasse para esta hipótese, ele sustentou.

Lubitz tinha 28 anos e 630 horas de voo, segundo autoridades de aviação. Ele foi treinado pela Lufthansa e estava na ativa desde 2013.

DÚVIDAS SOBRE MECANISMO

Nos novos aviões da Airbus, para abrir a porta trancada, um comandante dentro da cabine precisa destravá-la de dentro, através de uma chave no painel. Nas gravações, como não há voz de dentro da cabine, é possível presumir que o piloto que estava no comando não teria experimentado um problema técnico, já que teria relatado a situação. 




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