quinta-feira, março 26, 2015

Alepa cria Frente em defesa do consumidor contra a Celpa e empresas de telefonia

Grupo se propõe a cobrar ações e qualidade de serviços da Celpa

Fotos: Fábio Costa/ O LiberalO Liberal - Os deputados estaduais decidiram fechar o cerco em relação à Equatorial, concessionária de energia que administra a Celpa, e também às operadoras de telefonia no Estado. Ontem, foi aprovada em primeiro turno, por unanimidade, a criação de uma Frente Parlamentar em Defesa dos Consumidores de energia elétrica e telefonia. A proposta, de autoria dos deputados Eliel Faustino (SD) e Thiago Araújo (PPS), se propõe a ampliar os debates para melhoria dos serviços essenciais prestados aos consumidores, mas também aumentar a fiscalização.

A resolução tem por objetivo estudar, avaliar e discutir propostas para o melhoramento dos preços, fiscalização e da prestação dos serviços de energia elétrica e telefonia no Pará. Além do acompanhamento, também está prevista a realização de intercâmbio com deputados, entidades ou grupos de outros municípios estados ou países, visando à troca de informação e experiência de políticas publicas utilizadas para melhorar este atendimento.

“A criação da Frente é fundamental em função da situação que os usuários destes serviços estão passando”, afirmou Eliel Faustino, ressaltando que a frente parlamentar estadual vai atuar de forma conjunta com a frente já existente no Congresso Nacional para levar adiante propostas de um novo modelo de distribuição de energia. “O Pará tem que estar fora da bandeira tarifária já que não contribuiu de forma alguma para situação que país se encontra por conta da crise energética”, afirmou.

Ele explica que a criação da Frente Parlamentar levou em consideração os principais pontos alvos de reclamação dos paraenses: os inúmeros registros de apagões em municípios do Estado, as cobranças exorbitantes das faturas de energia elétrica e telefonia, a precariedade de cobertura de telefonia móvel e ainda a má qualidade do atendimento nos postos das concessionárias e empresas prestadoras de serviço. 


O deputado Thiago Araújo ressaltou que a criação da Frente vai dar mais força para o trabalho que já vem sendo feito pela Casa para cobrar respostas da Celpa.  “A Celpa tem um termo de ajuste de conduta assinado com o Ministério Público de fazer investimento de R$ 40 milhões para melhoria da qualidade da rede. Pedimos balanços contábeis, relatórios de prestação de contas e até hoje não houve uma resposta concreta da empresa.

Estamos articulando uma reunião com o Ministério de Minas e Energia, procuramos a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), a Assembleia está dando seu passo para amenizar a dor da população que é muito ampla”, afirmou o parlamentar, citando em seguida que muitos moradores, sobretudo os que moram nas regiões das ilhas, além de não conseguirem mais arcar com os sucessivos aumentos, estão pagando muito caro por um serviço que é precário. 

“Esta comissão é formalizada em momento importante, para que se possa cobrar, de forma mais incisiva, mais qualidade do serviço. Pessoas que estavam pagando tarifas de R$ 50 e R$ 100, hoje, pagam três vezes mais. E isso não pode acontecer em um Estado fornecedor de energia”, reclamou.

Os temas - energia elétrica e telefonia - têm pautado diariamente os discursos dos parlamentares. E as reclamações vêm das mais diferentes regiões do Estado. Ontem, durante a discussão do projeto, não foi diferente. Vários deputados ressaltaram a importância de uma cobrança mais efetiva por melhorias nos serviços prestados. O deputado Eduardo Costa (PTB) que presidiu a CPI da Telefonia na Alepa, por exemplo, alertou que a comissão será um importante instrumento para acompanhar o cumprimento das recomendações feitas às operadoras de telefonia no Estado.    

A resolução ainda precisa ser votada em segundo turno e redação final para entrar em atividade. A composição da Frente será pluripartidária e formada por um presidente (responsável pela coordenação, planejamento, organização e condução dos trabalhos) e um vice-presidente eleitos mediante aprovação da maioria. A escolha será feita durante a reunião de instalação a ser convocada dentro após a publicação da resolução.

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