Francisco
Alves de Aguiar, o Chapadinha, irmão do vereador Nicodemos Alves de Aguiar e do
deputado estadual reeleito, Hilton Alves de Aguiar, acaba de se eleger deputado
federal pelo PSD, em sua primeira tentativa como candidato a algum cargo
eletivo. Até agora seu envolvimento foi sempre voltado para ajudar os irmãos e
outros candidatos a se elegerem.
Eleito o único deputado federal
incluindo todos os municípios da Calha Norte do Estado (Almerim, Prainha, Monte
Alegre, Alenquer, Curuá, Óbidos, Oriximiná, Faro e Terra Santa) e do Tapajós
(Santarém, Belterra, Mojuí dos Campos, Aveiro, Rurópolis, Itaituba, Trairão,
Novo Progresso e Jacareacanga), Chapadinha sabe que pesa sobre seus ombros uma
enorme responsabilidade de representar toda essa imensa área do estado. Ele
conversou com a reportagem depois da carreata da vitória, realizada
terça-feira, 07/10.
JC – Causou alguma surpresa para o
senhor, o fato de ter sido o único eleito para o cargo de deputado federal em
toda esta região?
Chapadinha – De certa forma sim. Mas, eu não
gostaria que fosse assim. Seria bom que mais candidatos tivessem sido eleitos
para que a gente tivesse mais força em Brasília, porque embora eu vá me
esforçar bastante para atender às demandas da região, e por mais que eu me
dedique, pelo fato de ser apenas um, vai sempre ficar faltando coisas para
serem feitas.
Lamento
muito, por exemplo, o deputado Nélio Aguiar não ter chegado ao cargo de
deputado federal, precisando de tão poucos votos. Tenho certeza de que ele
seria um grande representante desta região na Câmara Federal, e juntos a gente
poderia conseguir mais coisas para os nossos municípios.
Eu
já vinha trabalhando há uns cinco meses, andando por diversos municípios do
estado do Pará e pelo trabalho feito eu esperava ser eleito. Em campanhas
passadas eu ajudei diversos políticos, incluindo meus irmãos Hilton Aguiar, que
já era deputado federal e Nicodemos Aguiar, vereador. Nessa eleição a gente
entendeu que tinha chegado a hora de colocar nosso nome à disposição do nosso
povo.
JC – O senhor contou com apoio de
políticos na campanha?
Chapadinha – Eu não tive apoio de nenhum
vereador, nem de prefeito algum. Muito menos de candidatos a deputado estadual
que não fosse da minha família. Eles não acreditaram. Nesse aspecto, só não foi
uma campanha solitária porque eu contei com o apoio dos meus amigos e da minha
família, que entenderam e aceitaram as nossas propostas.
JC – Chegou a se comentar que o senhor
poderia ser candidato a prefeito de Santarém, isso, muito antes de se lançar
nessa campanha. Agora, eleito deputado federal, essa possibilidade aumenta, ou
por enquanto isso não faz parte dos seus planos?
Chapadinha – Eu entendo que, se uma pessoa tem a
intenção de disputar uma prefeitura, antes deve tentar se eleger ao menos ao
cargo de deputado. Eu fui eleito para cumprir esse mandato, e é o que eu desejo
fazer. Por enquanto eu garanto que isso não faz parte dos meus objetivos
políticos de curto prazo. O futuro, Deus proverá.
JC – Apesar da euforia da vitória e do
momento ser mais de comemoração, o senhor, que é um homem que trabalha em
equipe, já está pensando em formar sua assessoria?
Chapadinha – É verdade, o momento ainda é de
muita comemoração, mas, eu já estou preocupado com essa questão de montar uma assessoria
competente para que o nosso trabalho em Brasília para render bons frutos. Minha
ida para Brasília é para trabalhar, por isso, eu preciso ter cuidado para
formar uma boa equipe, pois ninguém faz nada sozinho.
JC – O vice-governador Helenilson Pontes
é quem tem dado as cartas nesta região, no que diz respeito ao PSD. Ele vai
ficar sem mandato a partir de primeiro de janeiro. O senhor é deputado federal
eleito. Quem vai mandar no partido por aqui?
Chapadinha – Eleito deputado federal, eu
acredito que o partido deverá ter o meu comando. Essa é a ordem natural das
coisas. Afinal, quem vai ficar visitando os municípios serei ei.
JC – Sua votação em Itaituba foi muito
expressiva. Foram mais de onze mil votos. Como deputado federal, este município
pode contar com o senhor, inclusive vindo aqui de vez em quando?
Chapadinha – Eu considero Itaituba, também, como
minha terra. Aqui eu tenho raízes. Recebi essa incumbência de representar esse
município, por mais de onze mil eleitores. Tenho que corresponder. Eu vou
trabalhar por Itaituba e vou estar por aqui, sempre que possível, acompanhando
meus irmãos Hilton e Nicodemos e fortalecendo o nosso grupo político.
JC – A votação de Santarém lhe
decepcionou?
Chapadinha – Eu fui bem votado em Santarém.
Foram mais de vinte mil votos. Mas, confesso que eu esperava bem mais. As
pesquisas apontavam uma votação mais alta. Mas, em alguns momentos, como tinha
que andar por outros municípios eu tive que me afastar. Faltou uma maior
presença do candidato em certos momentos.
Matéria veiculada no
Jornal do Comércio, edição 188
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